
Durante a plenária do Conselho Municipal de Saúde realizada nesta quarta-feira (24), que contou com a participação do novo Comitê Gestor da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), o vereador Landmark Rios (PT) reforçou a necessidade de incluir no orçamento e no Plano Plurianual (PPA) ações concretas para melhorar o atendimento da rede pública.
O parlamentar lembrou que, como vice-presidente da Comissão de Finanças e Orçamento da Câmara Municipal, seguirá cobrando que as demandas da saúde sejam incorporadas de forma estratégica e transparente. “A saúde não espera, a dor não espera. Temos que ter medidas emergenciais, de médio e de longo prazo. O nosso mandato está vigilante e à disposição, tanto para lutar por melhores condições de trabalho para os servidores, como para garantir atendimento digno à população”, afirmou.
Landmark também destacou que tem articulado junto à bancada federal, citando os deputados Camila Jara (PT) e Vander Loubet (PT), para que os projetos executivos da Prefeitura sejam levados a Brasília e contem com apoio do Ministério da Saúde.
A reunião do Conselho aprovou a Resolução nº 1004/2025, referente ao processo eleitoral para composição dos Conselhos Locais e Distritais de Saúde (2025-2028). Também houve a apresentação do novo Sistema de Gestão de Saúde (SIGS), que promete organizar dados da rede municipal, hoje considerados insuficientes para a tomada de decisão.
Entre as pautas levantadas estavam a cobrança por mais transparência nas finanças, a publicação dos currículos dos membros do comitê, a aquisição de novos equipamentos para as unidades de saúde e a denúncia de assédio moral contra assistentes sociais. O debate também tratou da falta de medicamentos e profissionais e incluiu a proposta de criação de uma CPI da Saúde, apresentada pelo conselheiro Jordão Santana, que defendeu maior inclusão da comunidade LGBTQIAPN+ nas políticas públicas de saúde.
Fiscalizações
O mandato de Landmark tem acompanhado de perto a crise na saúde pública de Campo Grande. O vereador já denunciou a situação crítica da odontologia, com pelo menos 18 unidades sem compressores funcionando e consultórios parados.
Também tem reforçado a gravidade das suspeitas de desvio de R$ 156 milhões do Fundo Municipal de Saúde, apontadas pelo Conselho e já sob investigação do Ministério Público. Além disso, fiscalizações constataram o desaparecimento de mais de 20 mil prontuários de pacientes do CAPS, a falta generalizada de medicamentos e insumos básicos em UBSs e USFs e consultas desmarcadas pela ausência de médicos.
Para Landmark, é urgente abrir a “caixa-preta da saúde” e dar respostas claras à população. “Não falta dinheiro. Faltam transparência, gestão e compromisso com quem depende do SUS”, reforçou.
Texto: Renan Nucci
Foto: Pedro Roque



