PT oficializa Fábio Trad como pré-candidato ao governo e coloca MS em posição de destaque na estratégia nacional

Edinho e autoridades durante coletiva de imprensa. Foto: Pedro Roque
Edinho e autoridades durante coletiva de imprensa. Foto: Pedro Roque

A presença do presidente nacional do Partido dos Trabalhadores, Edinho Silva, em Campo Grande neste sábado (13) marcou um ponto de definição na reorganização política do PT em Mato Grosso do Sul, e consolidou o Estado como peça estratégica no tabuleiro nacional para as eleições de 2026. O encontro reuniu lideranças estaduais e militantes, culminando na oficialização do nome do ex-deputado federal Fábio Trad como pré-candidato ao governo do Estado.

Para o vereador Landmark Rios (PT), a vinda da direção nacional ao Estado simboliza o início de uma nova etapa de construção política. “Hoje, com a direção nacional aqui do partido, com a presença do Edinho, nosso presidente, o PT passa a estruturar de forma mais clara as candidaturas de deputado federal, deputado estadual, as chapas proporcionais, com o Vander como nosso candidato ao Senado e o presidente Lula liderando esse projeto nacional”, afirmou.

Em sua fala à imprensa, Edinho Silva reforçou a confiança na direção estadual e deixou claro que o partido terá candidatura própria ao governo. “Eu estou aqui para ouvir a direção estadual do partido. Mato Grosso do Sul tem uma direção forte, um diretório com tradição, que já governou o Estado. As decisões regionais ficam sob condução dessa direção, e nós vamos construir juntos, respeitando esse processo”, afirmou. Em seguida, foi categórico: “Nosso candidato aqui é o Fábio. O Fábio é o nosso candidato ao governo do Estado”.

Edinho também destacou o peso estratégico do Estado na eleição presidencial. Segundo ele, o PT aposta em um palanque competitivo em Mato Grosso do Sul para sustentar a reeleição do presidente Lula. “Nós governamos este Estado no passado e inovamos em políticas públicas. Tenho muita confiança no resultado eleitoral, porque o nosso palanque será forte, liderado pelo Fábio, pelo Vander e por uma chapa consistente de estaduais e federais. O palanque do presidente Lula aqui será vitorioso”, disse.

Foto: Pedro Roque

Fábio Trad, por sua vez, ressaltou o simbolismo político da visita e afirmou que a presença da direção nacional recoloca o campo progressista sul-mato-grossense no centro do debate nacional. “A vinda do presidente nacional do PT significa que a esquerda de Mato Grosso do Sul está, sim, no radar político nacional. Não é possível que um Estado da importância geopolítica de Mato Grosso do Sul não tenha um palanque competitivo, ideologicamente coerente com o campo progressista liderado pelo presidente Lula”, afirmou.

O ex-deputado também fez uma defesa enfática da necessidade de consolidar um palanque estadual alinhado ao governo federal. “Nós vamos comunicar à população os grandes feitos do governo Lula 3, que é um governo ideologicamente honesto, que tomou lado e não contemporizou com setores que impedem os avanços estruturais do país. É intolerável que esses avanços não sejam devidamente reconhecidos no plano estadual”, declarou.

Sobre a ministra Simone Tebet (MDB), Fábio Trad avaliou que o apoio dela ao presidente Lula tem caráter ideológico e defendeu coerência no cenário local. “O apoio da Simone ao presidente Lula é um apoio ao campo progressista. Não há razão para ela estar com Lula no plano nacional e não estar no palanque progressista no plano estadual. Essa contradição precisa ser superada”, afirmou, acrescentando que o convite à ministra permanece aberto.

Já o deputado federal Vander Loubet, presidente do PT em Mato Grosso do Sul, reforçou que a prioridade partidária é a construção de uma chapa sólida e competitiva. “Como presidente do partido, eu coloco a condução política acima do projeto pessoal. Claro que sou pré-candidato ao Senado, mas nossa prioridade é fortalecer o palanque do presidente Lula e a candidatura do Fábio ao governo”, disse.

Vander destacou ainda que o cenário eleitoral favorece o campo progressista. “Historicamente, o presidente da República eleito ajuda a eleger um senador. Nós teremos um palanque forte, com o Fábio, com o Lula e com uma chapa robusta. Isso cria um ambiente muito favorável”, avaliou, ressaltando também o diálogo com partidos aliados como PCdoB e PV para a construção de uma frente ampla no Estado.

Rolar para cima